A
Assembleia Estadual da Pastoral Carcerária acontece anualmente, e esse ano teve
como objetivos a formação dos agentes da pastoral acerca da mulher encarcerada
e a elaboração de um planejamento estratégico elencando objetivos e estratégias
a nortear as ações da PCr durante três anos. A formação foi ministrada pela coordenadora nacional para questões da mulher presa, Ir. Petra Silvia Pfaller. Dezenas de
pessoas de vários municípios do estado participaram da formação que aconteceu nos dias 19, 20 e 21 de
junho, no Centro Diocesano em Macapá.
Dois representantes da Pastoral Carcerária de Oiapoque também estiveram presentes. Em entrevista
para o blog Oiapoque Frente de Linha, a agente Maria de Nazaré falou sobre os projetos e os desafios de servir
na fronteira com a Guiana Francesa.
Ir. Petra Silvia Pfaller/Foto Walbi Pimentel |
PCr. Foto Walbi Pimentel |
Maria de Nazaré/Foto Mônica Nascos |
Voluntariado
De acordo com a voluntária Maria de
Nazaré, o coordenador da Pastoral Carcerária em Oiapoque é o pároco da Paróquia
Nossa Senhora das Graças, padre Paulo. Segundo ela, a equipe é composta por
sete agentes atuantes.
Evangelização
A agente informou que a Pastoral
realiza visitas no Centro de Custódia todas as sextas-feiras, das 16 às 17h.
"As visitas acontecem com momentos de oração, reflexão e diálogo com os internos. É
importante ouvir cada um." Disse.
Dados
Segundo Nazaré, 95% dos
presidiários não são do município de Oiapoque, e os que recebem o
acompanhamento religioso são os que estão sob os cuidados da defensoria
pública, exceto os que têm advogado particular. "Os números dos internos variam, porém, já atendemos no máximo 45 pessoas." Informou.
Acompanhamento familiar
Maria de Nazaré destacou a
importância do acompanhamento às famílias. Ela disse que “os
internos não cumprem pena em Oiapoque, eles ficam no centro de custódia
provisoriamente, até sair o julgamento. Enquanto isso é realizada visitas nas
famílias, porque eles pedem para entrar em contato."
Desafios
Durante Assembleia da Pastoral Carcerária
foram destacadas as prioridades e necessidades, dentre elas, a maior
reivindicação é a melhoria do sistema penitenciário. Segundo ela, o grande o desafio é
lidar com a questão do preconceito, a reinserção do reeducando na sociedade. A falta de políticas públicas voltadas para essa inclusão é
um problema social.
Atualmente, a pastoral encontra
dificuldades em trabalhar com as mulheres encarceradas, somente os homens são
liberados à participar dos encontros. “ Devido orientações da instituição, a Pastoral só é autorizada a passar pela frente das celas femininas." Ressaltou a agente.
Apoio
Segundo a voluntária, o apoio dos
agentes penitenciários é fundamental para o desenvolvimento do trabalho de
evangelização. Ela destacou o bom relacionamento entre os servidores.
O bispo da igreja Católica no Amapá, dom Pedro José Conti, participou da programação que ocorreu na capital, e finalizou a formação com a missa, na capela do Centro Diocesano. Foto Mônica Nascos |
Texto: Jornalista Mônica Nascos
Nenhum comentário:
Postar um comentário