quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Internacionalização acadêmica é tema de simpósio

Fonte: Unifap


Oiapoque, hoje, é binacional, mas as relações apenas com a Guiana Francesa é pouco para o potencial do campus, precisamos nos voltar para outros países que compõem o Platô das Guianas, transformando-o em um campus internacional.




Divulgar a ideia de internacionalização dentro da Universidade Federal do Amapá (Unifap), conhecer experiências de outras universidades e fortalecer o diálogo entre as instituições de ensino superior locais. Estes foram os principais objetivos do I Simpósio de Internacionalização Acadêmica, promovido pela Pró-reitoria de Cooperação e Relações Interinstitucionais (Procri). O evento ocorreu ontem, 3, no Auditório de Letras do campusMarco Zero do Equador, em Macapá.

O simpósio começou com a mesa "Experiências de Internacionalização no Brasil", durante a qual o chefe de Relações Internacionais da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Alberto Moura de Castro, e Clarissa Gabbi Falleiro, coordenadora da Assessoria Internacional da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), do Rio Grande do Sul, expuseram sobre as ações de internacionalização realizadas nas duas instituições.

Para Clarissa, a troca de experiências entre as universidades é extremamente positiva. "Apesar da distância continental que há entre o Rio Grande do Sul e o Amapá, acabamos tendo realidades institucionais parecidas. A gente percebe que muitas questões se repetem, as angústias são as mesmas... Precisamos internacionalizar, mas se aproximar internamente também, criando mecanismos que propiciem essa aproximação", avalia.   

Na segunda mesa, "Experiências de Internacionalização no Amapá", foi a vez da Unifap, da Universidade Estadual do Amapá (Ueap) e Instituto Federal do Amapá (Ifap) trocar experiências institucionais de internacionalização.

Perseu da Silva Aparício, reitor da Ueap, acredita que a troca de experiências faz com que as instituições reconheçam suas limitações e busquem se fortalecer mutuamente. "O  fortalecimento da internacionalização das universidades é importante para que o estado do Amapá utilize os potenciais de recursos humanos aqui presentes na transferência de informação e inovação tecnológica, com o intuito de que esse conhecimento seja transformado em produtos e serviços de modo a contribuir com o desenvolvimento do estado", enfatiza.

Fórum

Durante o evento, Unifap, Ueap e Ifap assinaram carta de intenções de criação do Fórum Acadêmico de Internacionalização do Amapá, espaço para o diálogo, troca de experiências e articulação de ações conjuntas de internacionalização das instituições acadêmicas do estado.

A reitora da Unifap, Eliane Superti, ressaltou durante a criação do fórum que a internacionalização conjunta das três instituições promove a cultura de uma produção acadêmica internacionalizada. "A universidade que não se atentar para a internacionalização tira da sua comunidade acadêmica a possibilidade de conhecer outros patamares do conhecimento cientifico", afirmou.   

Oiapoque

Superti lembrou ainda da vocação internacional do campus do Oiapoque. "O Oiapoque, hoje, é binacional, mas as relações apenas com a Guiana Francesa é pouco para o potencial do campus, precisamos nos voltar para outros países que compõem o Platô das Guianas, transformando-o em um campusinternacional. Os Ministérios da Educação e de Relações Exteriores, inclusive, já sinalizaram com essa possibilidade. O Ifap está no Oiapoque, acredito que a Ueap deva chegar lá, e, juntos, temos um potencial muito maior de fazer com que esse processo se consolide muito mais rápido e que todos se beneficiem", diz.    

Segundo Paulo Gustavo Pellegrino Correa, pró-reitor de Cooperação e Relações Interinstitucionais, a ideia do fórum surgiu a partir da participação das três instituições na Comissão Mista Transfronteiriça Brasil-França, em outubro. "Quando nos reunimos para discutir educação com a França, vimos que juntos estaríamos mais fortes. Com esse fórum, queremos continuar o que começou nessa reunião e, a partir disso, criar projetos conjuntos", explica. 

Outros objetivos do fórum são a promoção de encontros anuais entre assessores de relações internacionais, pró-reitorias, professores e alunos interessados na internacionalização acadêmica, a criação de mecanismos de divulgação interinstitucional de projetos de internacionalização, o debate sobre as possibilidades de construção de projetos conjuntos e a promoção e divulgação da importância da internacionalização para os atores acadêmicos. 

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