domingo, 20 de dezembro de 2015

Organização criminosa: quatro réus são condenados na Operação Cartucheira


O Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP) obteve da Justiça Federal a condenação de quatro acusados em ação penal decorrente da denominada “Operação Cartucheira”, deflagrada em maio de 2015 pela Polícia Federal.

Ao todo, sete pessoas foram denunciadas pelo MPF/AP por integrarem organização criminosa dedicada ao tráfico internacional e comércio ilegal de armas, munições e acessórios originários da Guiana Francesa e que seriam distribuídos no Amapá.

A sentença do Juízo da 4ª Vara Federal condenou os acusados Patrício Brito Alves a 20 anos e cinco meses de reclusão; o policial civil aposentado e servidor do Iapen Jaime Gomes Barbosa a 14 anos e três meses de reclusão; o tenente da Polícia Militar do Amapá Dinaelson Hernane Guedes Bacelar a 15 anos e seis meses de reclusão e o comerciante de armas francês Barthelemy Rene Claude Edouard a 10 anos e 6 meses de reclusão.

Os acusados Dinaelson e Jaime também foram condenados à perda de seus cargos públicos.

A sentença absolveu o policial federal aposentado Antonio Raimundo Blanc dos Santos, denunciado por prestar auxílio à organização criminosa, considerando o juiz federal que haveria “dúvida acerca da efetiva participação” desse réu.

O réu Raimundo Amarildo Pereira da Silva, que esteve foragido durante a instrução desse processo, foi recentemente capturado e está sendo processado em outra Ação Penal (n.º 8810-83.2015.4.01.3100). O acusado Messias Correa Pereira atualmente se encontra foragido e ainda não foi citado para responder à ação.

Tráfico internacional de armas – Os crimes foram cometidos pelos acusados durante mais de um ano. “Durante esse período, nem mesmo a prisão em flagrante de alguns de seus integrantes foi capaz de conter a atuação da organização criminosa”, comenta o procurador da República André Estima.” As investigações realizadas pela Polícia Federal e acompanhadas passo a passo pelo Ministério Público Federal revelaram a existência de um grupo organizado e infiltrado em vários órgãos de segurança pública no Amapá. “Até viaturas oficiais foram utilizadas para o tráfico de armas”, explica.

Exceto quanto à participação de um dos acusados, a sentença acolhe a denúncia do MPF/AP, fundamentada em provas colhidas pela Polícia Federal, segundo a qual os acusados integravam uma organização criminosa e que cada participante possuía atribuições definidas, para a importação de armas de fogo, munições e acessórios da Guiana Francesa e seu transporte para Macapá. As armas eram guardadas e depois comercializadas ilegalmente. O grupo cooptava agentes de segurança pública de diversas instituições, a fim de garantir o sucesso dos crimes cometidos.
 
Serviço:
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